Óculos cor de rosa

Bem, ele não sabe que eu sei... mas trocaram mensagens enquanto eu dormia...
Ele ainda não tirou os óculos cor de rosa com graduação copo 3, ainda está todo cheiinho de peninha de si mesmo...Já tentei dar-lhe a entender que não se podem comparar casos destes, muito menos com o enrredo das Pontes de Madison Country, mas ele só vê o lado romântico da situação em relação à outra... Uma pessoa que passa de amor a ódio em 3 segundos (que foi o que ele me contou que ela disse) é porque das duas uma, nunca amou verdadeiramente ou que não então não sabe de facto o que é o Amor. Tenho esperança que ele consiga tirar os óculos e veja que teve arrebates de Paixão por uma imagem que ela fabricou e que ela não passou de uma pessoa que só existiu na sua ilusão... aí poderia ser, que ele se pudesse apaixonar por uma pessoa real novamente, e que contra tudo e contra todos ficou apesar de tudo incompreensivelmente ao seu lado, eu!
Ele continua a lamber as suas feridas...e eu as dele também, enquanto que as minhas, descuradas, já devem de estar cheias de varejas...e valha-me Santa Sulfamida, que eu não quero amputar... não sei se ele tem de facto consciência da minha situação de tristeza e de uma desilusão profunda... Só sei que a minha postura durante este episódio tem sido verdadeira e espero que ele o reconheça, pois abomino a mentira e não sou boa a fingir. Não sigo nenhuma estratégia, como ela lhe tentou vender, nem joguei cartadas baixas recorrendo a filhos, pois julga-me por ela...a não ser a de que ele me queira de volta por aquilo que sou. Mas neste momento ainda tenho a triste convicção que ele prefere a ilusão que traz dela, em vez de mim, mesmo que eu fosse feita de ouro e diamantes.
Não sei se ele consegue ver bem as diferenças, por enquanto de certeza que não... só como exemplo (não sei se ele compreendeu a profundidade...) ela, como argumento foi buscar a imagem bíblica do rei Salomão e das duas mães que lutavam pelo filho. Ela disse que como ela o amava verdadeiramente que deixava ir o seu amor... como se o amor dele ou ele fosse um objecto de disputa sem livre arbítrio. Eu disse-lhe que também tinha pensado na mesma imagem, só que o via a ele como Rei Salomão, que tinha de ver além do apresentado e escolher quem dizia a verdade e tinha o verdadeiro amor. Acho que ele ficou muito sensibilizado com a postura dela, e comigo não...por lhe ter dito que ele era o Rei...e que tinha que decidir, logo agora que não tem a capacidade de enfrentar nada...
O azar dele é, que eu sinto-o e não se consegue esconder de mim! Sei perfeitamente que se eu lhe colocasse ultimatos que iria a correr para o colinho dela... e o mais triste é que sei que ele muitas vezes, desejou de facto ter tido essa desculpa... Sei que por enquanto se esforça por fingir que apesar da paixão pela outra, ainda me ama. Fake it until you make it... Eu é que ainda não estou apata a deixá-lo ir viver as consequencias de uma fantasia falsa, a fingir que já não gosto dele, não quero correr o risco de o conseguir. Não quero! Amei demasiado, entreguei-me demasiado, apaixonei-me demais e tal não foi, que o fiel da balança ainda pende uma nesga a mais para esse lado do que para o da desilusão amargurada.
Estou porém com uma tendência para me mostrar muito fria para com ele, por ele ainda não me enxergar e pela angustia do desencanto, mas agora não posso... mais um esforço hercúleo...
Como chegar a alguém que já não te vê?

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