09.06 - Hoje estou a ter um dia mau…
Não posso porém passar nada disto a ele – acho que perdeu ontem à noite e deve de estar de muito mau humor.
Os ressentimentos e as incertezas estão todos à tona, hoje… deve de ter sido dos pesadelos…
Pelo
o que o ele me diz agora, já se desencantou e é como se não tivesse
passado nada… como se o meu sofrimento não tivesse sido nada, como se eu
apenas tivesse que ter relaxado e esperar que ele recuperasse
consciência sem demais preocupações.
As
preocupações continuam, se um dia voltarem a estar cara a cara, e se
ela se insinuar, terá ele capacidade de resistência ou volta a ser como
era antes – ela está lá eu não – seis meses de ‘festa’ tem bem mais
valor que 24 anos de partilha de dificuldades, de filhos, de tudo o
resto. Um homem que demorou 9 anos a partilhar as verdadeiras intensões
de casamento, mas que em dois meses estava disponível para ir viver com
ela. É como se ainda estivesse a ouvir, que eu não prestei para nada que
eu fui um engano na sua vida, como se tudo o que eu aguentei ao seu
lado, e ele sempre sem consideração por nada, fosse algo que há muito já
devia estar no lixo… E era onde eu estava, foi onde ele me deixou… Mais
valia ter morrido, quando tive o problema do quisto. Aí ainda morria
feliz…
Certos dias, este peso esmaga-me. Tenho consciência que não posso olhar para trás. Tenho que olhar para o futuro.
O que ele não pode fazer é tábua rasa do que passei, sem uma única palavra de lamento.
Pois
significa que ainda as anda a fazer, só saberei que tudo estará bem
quando fechar o baú de tesourinhos cor-de-rosa deprimentes e não houver
passwords exclusivas quer no telemóvel quer no FB.
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